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DIMAS LIDIO PITTY
( Potrerillos Abajo , Panamá, 25 de setembro de 1941 - David , 12 de setembro de 2015),
foi um poeta, jornalista, romancista, ensaísta e professor panamenho.
Foi autor de quinze livros (poesia, contos, romances, ensaios) e ganhador de prêmios literários no Panamá. Ele completou os estudos universitários no Chile e no Panamá em jornalismo.
Foi membro da Academia das Línguas do Panamá e membro correspondente da Real Academia Espanhola . Foi diretor de Extensão Cultural da Universidade do Panamá e professor da Universidade Autônoma de Chiriquí.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
POESÍA DE PANAMÁ. Edición bilingüe con las versiones ruas de Pável Grushko. Ciudad de Panamá: Universidad de Panamá, 2015. 170 p. 21x27 cm. Cubierta: Pintura de Anna Goncharova “Luna Nueva”. Tapa dura, sobretapa. Tiraje: 1800 ejemplares. Impresso en Colombia pro Prensa Moderna.
Ex./Ej. Bibl. Antonio Miranda
LA QUERENCIA
( A Potrerillos, con el mismo amor
del primer día. )
Esto que ves: el cielo de la tarde,
la cumbre del volcán, entre las nubes,
la quebrada, la cuesta que ahora subes,
los cedros sin hojas y el fogón que arde
con fuego de la cena, son las cosas
que anhelé para mí, desde la infancia.
En llanuras y bosques, la fragancia
de sueños perdidos y de viejas rosas
evoca la existencia de macanos
y naranjos en flor, y la mojada
tierra que al alba surcan unas manos.
He vuelto a lo que soy, a lo que era.
La ciudad quedó atrás, porque no hay nada
mejor que este silencio de madera.
LÍRIOS
( Para el abuelo Ito, que sabía encontrar
alegría y belleza en todas partes. )
Al amanecer,
después de haber llovido durante la noche,
hay lirios junto al cedro.
El anciano corta uno para el niño
y pone varios dentro de su propio sombrero.
—¿Para qué los usa en la cabeza, abuelito?
—Para tener fresco el pensamiento.
A lo lejos muge un toro.
Una bandada de loros vuela hacia el saliente
y el aroma inunda el día.
BAÑO
En esta corriente, rota
por piedras y troncos mansos,
mi abuela lavó, serena,
mi infancia descolorida.
Mi suciedad ¡tan amada!
llevada por la corriente,
desde cada remolino
me enviaba un beso de espuma...
COPLAS
SOBRE UNA ESPERANZA
4. En un templo, en una plaza
te miro y se borra el mundo.
¿Sabes tú lo que passa?
13. Hoy floreció el limonero,
a pesar de la sequía.
Debe ser porque te quiero.
14. La luna, en las hondonadas,
se opaca cuando tú enciendes
el fulgor de tus miradas.
29. Si la pobreza te asusta,
pequeña, nunca me sigas
porque ser pobre me gusta.
32. Joyas, vestidos, dinero,
pequeña, nunca te doy
porque desnuda te quiero.
77. Tres brujos vaticinaron
que nunca me dejarías
y todos se equivocaron.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
Tradução livre:
A QUERÊNCIA
( A Potrerillos, com o mesmo amor
do primeiro dia. )
Isto que vês: o céu da tarde,
o cume do vulcão, entre as nuvens,
a quebrada, a ladeira que agora sobes,
os cedros sem folhas e o fogão que arde
com o fogo da cena, são as coisas
que ansiei para mim, desde a infância.
Em planícies e bosques, a fragrância
de sonhos perdidos e de velhas rosas
evoca a existência de macanos*
e laranjeiras em flor, e a molhada
terra que na aurora surcam as mãos.
Regressei ao que sou, ao que eu era.
A cidade ficou pra trás, porque não há nada
melhor que este silêncio de madeira.
*Na América Central, o Caribe e a Colômbia são um dos nomes comuns de uma árvore da família Fabaceae, também conhecida como Guachipelín ou Cacique. Seu nome científico é American Diphysa.
LÍRIOS
( Para o avô Ito, que sabia encontrar
alegria e beleza em toda parte. )
Ao amanhecer,
depois de ter chovido durante a noite,
há lírios junto ao cedro.
O ancião corta um para o menino
e coloca vários dentro de seu própio chapéu.
—Para que os coloca na cabeça, avozinho?
—Para manter fresco o pensamento.
Na distância muge um touro.
Uma bandada de papagaios voa para a saída
e o aroma inunda o dia.
BANHO
Nesta corrente, rompida
por pedras e troncos mansos,
minha avó lavou, serena,
minha infância descolorida.
Minha sujeira tão amada!
levada pela corrente,
desde cada remoinho
me enviava um beijo de espuma...
ESTROFES
SOBRE UMA ESPERANÇA
4. Em um templo, enuna praça
eu te miro e se apaga o mundo.
Sabes tu o que acontece?
13. Hoje floresceu o limoeiro,
apesar da seca.
Deve ser porque te quero.
14. A lua, pelos vales,
se opaca quando tu acendes
o fulgor de tuas miradas.
29. Se a pobreza te assusta,
menina, nunca me sigas
porque ser pobre me agrada.
32. Joias, vestidos, dinheiro,
menina, nunca te dou
porque desnuda te quero.
77. Três bruxos vaticinaram
que nunca me deixarias
ye todos se equivocaram.
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Página publicada em setembro de 2021
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